Lendas
As flores são um elemento da natureza que nos surpreendem pela sua beleza e também pelo mistério que são capazes de nos transmitir com as suas formas e cores diferenciadas. Por isso mesmo não é estranho saber que várias flores contam com lendas a seu respeito
Crisântemo branco e Crisântemo amarelo (Dama Branca e Dama Amarela)
Contam que em tempos idos, cresciam, lado a lado em uma campina, um crisântemo branco e outro amarelo, Certo dia, um velho jardineiro os viu e se apaixonou pela Dama Amarela. Ele lhe disse que se ela quisesse acompanhá-lo, ele a faria mais bela do que já era. O jardineiro ainda argumentou que lhe daria comida delicada e lindas roupas.A dama Amarela sentiu-se tão atraída pelo que o velho jardineiro lhe dizia que se esqueceu de sua irmã branca, consentindo em ser desenterrada e carregada nos braços para ser plantada no jardim de seu dono.Depois que a dama Amarela partiu, a dama Branca chorou amargamente. Sua beleza singela havia sido desprezada e, pior que isso, viu-se forçada a permanecer sozinha no campo, sem ter mais a irmã, a quem era devotada a conversar.Dia após dia mais bela ficava a dama Amarela no jardim de seu senhor. Ninguém reconheceria agora a simples flor amarela do campo. Porém, embora suas pétalas fossem longas e curvas, e suas folhas limpas e tão bem cuidadas, ela às vezes se lembrava de sua irmã branca que ficou sozinha na campina e imaginava o que estaria fazendo para que suas longas e solitárias horas passassem.Certo dia, um capitão da vila veio ao jardim do velho jardineiro à procura de um crisântemo perfeito para ser desenhado no elmo de seu senhor. Informou que não desejava um belo crisântemo com muitas e longas pétalas. Queria um simples crisântemo branco de dezesseis pétalas. O velho jardineiro mostrou ao capitão a dama Amarela, mas ele não gostou da flor e agradeceu, partindo em seguida.No caminho de casa, atravessou um campo onde viu a dama Branca chorando. Ela contou a triste história de sua solidão ao capitão. Então ele contou que havia visto a dama Amarela e disse-lhe que ela não era nem metade tão bela quanto à branca flor que tinha diante dos olhos.Ante essas palavras animadoras, a dama Branca parou de chorar e quase arrancou seus pezinhos ao pular de alegria quando esse bom homem afirmou que a queria para o elmo de seu senhor.No instante seguinte a dama Branca, felicíssima, estava sendo transportada em um palanquim. Ao chegarem ao palácio do Daimyo, todos elogiaram, sinceramente, sua admirável perfeição de forma.Grandes artistas vieram de longe e de perto, sentaram-se junto dela e a esboçaram com admirável perícia. Logo ela não precisou mais de espelho para se mirar, pois havia sua bela face branca presente em todos os mais preciosos bens do Daimyo.A dama Branca, além de figurar na armadura do Daimyo, também foi retratada em seus estojos de laca, em seus travesseiros, colchas e mantos. Olhando para cima, podia ver o seu rosto entalhado em grandes painéis. Foi pintada de todas as maneiras possíveis, até boiando sobre a correnteza. Todo mundo concordava em que o branco crisântemo, com suas dezesseis pétalas, representava o mais belo elmo de todo o Japão.Enquanto a face feliz da dama Branca era perpetuada nos bens do Daimyo, a face da dama Amarela só transpirava tristeza. Havia florescido por si, sozinha, e sorvido os elogios dos visitantes com a mesma avidez com que bebia o orvalho sobre suas pétalas primorosamente curvas. No entanto, um dia, ela sentiu uma rigidez nos membros e percebeu o fim da exuberância de sua existência.
Por Maria Rosa
Flor Miosótis (não-me-esqueças)
A explicação do nome "não-me-esqueças" da flor pode ser explicada por algumas lendas. Uma delas diz que num belo dia de Primavera, dois jovens apaixonados se encontravam à margem de um rio. Nas águas turbulentas, a jovem avistou um ramo de miosótis flutuando e ficou maravilhada pela beleza da flor. O seu amado, mergulhou então para apanhar as flores e oferecê-las à sua namorada. No entanto, quando tentou voltar para a margem, foi arrastado pela forte correnteza. Esta lenda conta que pouco antes de desaparecer ele gritou para a sua amada: "Não me esqueça, me ame para sempre!". A partir desse dia a flor miosótis passou a crescer nas margens dos rios, para que mais ninguém tivesse que morrer por sua causa.
Vitória-régia
Vitória-régia é uma lenda muito popular no Brasil, principalmente na região Norte.
Diz a lenda que a Lua era um deus que namorava as mais lindas jovens índias e sempre que se escondia, escolhia e levava algumas moças consigo. Em uma aldeia indígena, havia uma linda jovem, a guerreira Naiá, que sonhava com a Lua e mal podia esperar o dia em que o deus iria chamá-la.
Os índios mais experientes alertavam Naiá dizendo que quando a Lua levava uma moça, essa jovem deixava a forma humana e virava uma estrela no céu. No entanto a jovem não se importava, já que era apaixonada pela Lua. Essa paixão virou obsessão em um momento onde Naiá não mais queria comer nem beber nada, só admirar a Lua.
Numa noite em que o luar estava muito bonito, a moça chegou à beira de um lago, viu a lua refletida no meio das águas e acreditou que o deus havia descido do céu para se banhar ali. Assim, a moça se atirou no lago em direção à imagem da Lua. Quando percebeu que aquilo fora uma ilusão, tentou voltar, porém não conseguiu e morreu afogada.
Comovido pela situação, o deus Lua resolveu transformar a jovem em uma estrela diferente de todas as outras: uma estrela das águas – Vitória-régia. Por esse motivo, as flores perfumadas e brancas dessa planta só abrem no período da noite.
Diz a lenda que a Lua era um deus que namorava as mais lindas jovens índias e sempre que se escondia, escolhia e levava algumas moças consigo. Em uma aldeia indígena, havia uma linda jovem, a guerreira Naiá, que sonhava com a Lua e mal podia esperar o dia em que o deus iria chamá-la.
Os índios mais experientes alertavam Naiá dizendo que quando a Lua levava uma moça, essa jovem deixava a forma humana e virava uma estrela no céu. No entanto a jovem não se importava, já que era apaixonada pela Lua. Essa paixão virou obsessão em um momento onde Naiá não mais queria comer nem beber nada, só admirar a Lua.
Numa noite em que o luar estava muito bonito, a moça chegou à beira de um lago, viu a lua refletida no meio das águas e acreditou que o deus havia descido do céu para se banhar ali. Assim, a moça se atirou no lago em direção à imagem da Lua. Quando percebeu que aquilo fora uma ilusão, tentou voltar, porém não conseguiu e morreu afogada.
Comovido pela situação, o deus Lua resolveu transformar a jovem em uma estrela diferente de todas as outras: uma estrela das águas – Vitória-régia. Por esse motivo, as flores perfumadas e brancas dessa planta só abrem no período da noite.
Nenhum comentário:
Postar um comentário